Há algumas semanas, estava pensando em como o ano estava se desenrolando, em um daqueles momentos de reflexão que surgem no final de semana, num domingo qualquer. Pensamentos sobre o que fazer naquele instante pipocavam na minha mente: “Será que estudo um pouco?”, “Talvez ler um livro?”, “Que tal fazer alguns alongamentos?”, “Tenho aquela lista de pendências pessoais que poderia resolver” ou “poderia começar organizando as refeições da semana?”.
E, nesse ir e vir de pensamentos, viajei por diferentes momentos dos últimos meses. Relembrei projetos de trabalho, como me senti diante de diversas situações, pessoas com quem me aproximei e aquelas de quem me afastei. Lembrei de eventos marcantes, como as enchentes que ocorreram aqui em Porto Alegre. E, nessa dança de pensamentos, encontrei a mim mesma, lá no início do ano, desde o Réveillon na praia com amigos queridos, quando falei do meu desejo de começar aulas de hip hop. Momentos de muito trabalho se misturaram a pausas com pessoas queridas. Recordei como era a minha rotina, as viagens para Gramado a trabalho, o desejo de continuar a formação em Experiência Somática, o Congresso em Buenos Aires, entre tantos outros eventos e cotidianos que marcaram o ano. Percebi como tantas coisas mudaram desde então.
Com o fluxo desses pensamentos, surgiu a curiosidade sobre o que eu queria que acontecesse em 2025. Abri uma nova nota no celular, escolhi a cor – um amarelo vibrante, que combinava com a energia do momento – e lá fui eu escrever: “Metas 2025”. Como sempre, os velhos temas conhecidos, presentes ano após ano, surgiram novamente. Eles estavam ligados ao trabalho: o que posso fazer para aperfeiçoar minha prática clínica e desenvolver novos projetos? Estudos: quais áreas eu gostaria de aprofundar? Cuidados com a saúde: exercícios, alimentação, novos hábitos. E havia também outras metas, que não cabem em categorias específicas, mas que são coisas que gostaria de fazer simplesmente pelo prazer de fazê-las.
Ao observar essas metas, foi interessante notar o quanto a prática de atividades físicas tem ocupado um lugar especial na minha rotina e na minha paz mental. Iniciar a corrida em junho deste ano foi uma mudança marcante. Ver o progresso gradual, atingir os 10 km. A primeira vez que consegui correr essa distância! Perceber a evolução no ritmo e condicionamento têm sido animador. O Cross Training, que foi uma grata surpresa lá em 2022, faz parte de uma boa parte dos meus dias, com pequenas evoluções e exercícios que nunca havia treinado e principalmente o ‘bom dia’ com pessoas muito especiais. E, por fim, a dança, que sempre esteve presente na minha vida, passou por uma transformação. Devido às rotinas e horários de aula, deixei de fazer aula de contemporâneo e não é que o hip hop apareceu? A corporeidade desse estilo de dança trouxe uma energia nova para a minha semana, de liberdade e renovação.
Valores: O Lugar de Nossas Escolhas
Quando penso sobre essas metas e planos para o próximo ano, percebo que, mais do que tarefas ou objetivos a serem atingidos, o que realmente importa são os valores que guiam cada decisão. São os valores que definem o que é importante e nos dão direção em meio às inúmeras possibilidades que surgem ao longo do caminho.
O valor do crescimento pessoal, por exemplo, é o que me faz buscar novas formações e querer aprender mais. O desejo de evoluir na prática clínica não é apenas sobre ganhar conhecimento, mas sobre ser capaz de oferecer o melhor a quem confia em mim. O valor da saúde e bem-estar é o que me impulsiona a manter uma rotina de exercícios e a cuidar da alimentação, não só para o corpo, mas também para a mente. Iniciar a corrida, manter o Cross e seguir dançando, agora com o foco no hip hop, são escolhas que refletem esse compromisso com o meu bem-estar físico e mental. Cada treino é uma forma de autocuidado e de encontro comigo mesma.
Outro valor importante é o da conexão. Percebo como momentos significativos do ano foram marcados pela presença de pessoas queridas, na vida pessoal e no trabalho. Cultivar relações e manter essa conexão é o que dá sentido aos dias mais corridos e traz alegria aos pequenos e grandes momentos.
E, por fim, a importância da flexibilidade, que me permite ajustar metas e acolher mudanças, respeitando meus limites e reconhecendo que a vida é um processo contínuo de aprendizado e adaptação. Olhar para 2025 com essa perspectiva, baseada em valores me faz sentir mais segura e motivada para encarar o que está por vir, sabendo que estarei sendo fiel ao que realmente importa para mim.