Hoje pela manhã discutíamos em equipe de psicoterapeutas sobre os pressupostos da Terapia Comportamental
Dialética, algo que fazemos semanalmente.
– “O paciente está fazendo o melhor que ele pode, e ainda assim pode fazer mais”, foi uma das falas que surgiu.
– “Querer versus precisar”, complementou uma colega.
– “Escolha o seu difícil”, foi a próxima.
Até que um colega levantou o ponto de vista diferente:
– “Muitas vezes não estamos de fato fazendo o nosso melhor, sabemos que podemos fazer muito melhor e mesmo assim não o fazemos”.
– “Ai, que duro isso!”, verbalizou outra colega.
Outra pessoa alegou então que a partir do momento em que temos a consciência de que não estamos fazendo nosso melhor, o contexto já se modificou.
Neste sentido, uma das colegas compartilhou que quando ela toma consciência de que não quer fazer melhor, de que não quer fazer mais, de não está a fim, ou de que não gosta, a voz da ruminação e da cobrança se calam e ela fica mais calma.
Esta última fala me tocou diferente, num convite a olhar com mais cuidado, com maior consciência para a minha lista dos “deverias” e quem sabe permitir reconhecer para mim mesma o que eu deveria e vou me dispor e o que eu deveria e não quero, e, portanto, vou me libertar. A consciência liberta.
Autor: Martha Ludwig