Nesse último final de semana pude participar de uma aula da especialização de contextuais do CEFI, ministrada pela professora Manuela O’Connell. A aula, sobre Mindfulness, me despertou diversos questionamentos e reflexões a partir das experiências que surgiram ao longo das horas dos dois dias de workshop. A minha intenção é compartilhar algumas dessas ideias sobre a minha experiência e fazer o convite para você observar como essas palavras chegam até você.
‘Como estou experimentando o tempo?’ É uma das perguntas que segue indo e vindo na minha mente após esse final de semana. Uma pergunta um tanto complexa de ser respondida em algumas linhas, logo surgem os pensamentos: ‘são tantas formas diferentes’ ou ‘as palavras parecem que não alcançam toda a subjetividade do momento’. Com a intenção de olhar de outro lugar, não somente o lugar da mente racional, de razões e justificativas, me permiti observar mais de perto e não somente os primeiros pensamentos que estão ali presentes a partir dessa pergunta.
Então, novamente. ‘como estou experimentando o tempo?’ Nas primeiras práticas observei alguns pensamentos relacionados a preocupações de como eu estaria nos próximos dias com relação a minha saúde física, outros pensamentos relacionados a conversas com pessoas próximas e queridas e como minha mente ficava indo e vindo, para as instruções dadas pela professora, para o passado e para o futuro. Percebi algumas sensações corporais, de ativação, já conhecidas por mim, de outros tantos momentos. Lá estava o medo.
Ao compartilhar a prática com uma colega e amiga, essa emoção ficou ainda mais clara: diante de situações novas ou de coisas que saiam do caminho que eu esperava ou que eu não sabia como iria reagir diante da situação, essa emoção de medo surge. Ao escrever sobre isso, já percebo alguns pensamentos de julgamento: ‘como é bobo sentir esse medo’, ‘isso não é tão importante’ e aqui estou novamente tentando exercitar a conexão com essa experiência de outro lugar, que não seja a crítica e avaliação constante.
Ao longo da noite, com outras práticas, me conectei com a curiosidade, disposição e liberdade de criar as formas que poderia viver os experimentospropostos. Observei algumas regras que surgiam na minha mente a partir de algumas instruções, como quando a instrução era para observar a caminhada e eu imediatamente ´imobilizei’ os braços, como se eles não pudessem fazer nenhum movimento, criando tensão muscular e desconforto ao longo da experiência. E desde lá venho pensando, quantas tensões vou criando ao longo dos
Ao longo do dia seguinte de workshop, momentos de medo, curiosidade, disposição e liberdade foram me acompanhando. Desde então, tenho estado mais atenta e consciente a como essas palavras estão presentes no meu dia-a-dia.
dias? Talvez alguns pontos de excesso de pensamentos e comportamentos que poderia apenas deixar fluir e outros tantos de falta de investimento para momentos e atividades que valorizo.
E você, o que observou com essa leitura?